Da construção da muralha da China

 

Da construção da muralha da China

(2004)

A partir dessa notícia, Matheus Rocha Pitta elaborou uma metodologia para elaboração de um tijolo/imagem com a qual materializa sua muralha e produz questões sobre a materialidade e temporalidade humana nos objetos:

Decidi continuar a construção do maior monumento do mundo. Ciente da iminência do meu fracasso optei pelo seguinte método:

O construtor sai às ruas e coleta pedras, tijolos ou quaisquer restos de construção. Esta matéria prima é levada à uma máquina de xerox, da papelaria mais próxima, de preferência. A máquina tira 500 cópias, transformando as ruínas em um tijolo de papel. Nas laterais desse novo tijolo são carimbadas informações a respeito da rua, cidade e dia em que foi realizado. Esta ação é repetida até que os tijolos alcancem um número suficiente para dar início à construção de uma pequena muralha.

Uma vez pronta, as folhas que compoem o monumento podem ser levadas, dispersando suas partes para possíveis construções. (Matheus Rocha Pitta, 2011)

A instalação de pedras/imagens mostra de forma mais evidente como a cidade e seus espaços constroem espaços e narrativas ocultas em outros tempos e níveis significativos no cotidiano.